terça-feira, maio 03, 2011

Bem Aventuranças uma introdução

BEM-AVENTURADOS
1. Introdução
A mente moderna, tanto religiosa como irreligiosa, tem tratado este sermão das maneiras mais variadas. Como antes notado, alguns o rejeitaram como totalmente impraticável ou positivamente mau. Outros o aceitaram, mas com reservas significativas. O humanismo, na sua forma mais benevolente, viu-o como um código moral notável, mas experimental, totalmente separado da cruz ou de um Cristo divino. O liberalismo religioso o vê mais como um projeto para reconstrução social do que para conversão pessoal. Albert Schweitzer o explicava como uma ética especial, para uma época especial, baseada na crença equivocada de Jesus de que o fim de todos os tempos estava para acontecer.
Entre os conservadores religiosos, muitos pré-milenaristas o vêem como mais uma "lei", inconsistente com uma era de graça, e de aplicação impossível num mundo pecaminoso. Eles esperam o seu cumprimento em um "reino milenial". A grande parte do protestantismo evangélico tem separado a vida em duas arenas, uma pessoal, e outra social. Para eles, a ética do Sermão da Montanha é destinada a conduzir somente os relacionamentos pessoais. Eles consideram impossível aplicar os preceitos deste sermão aos negócios e ao governo.
Tudo isto é para dizer que temos operado uma maravilha em nossos tempos ao tomarmos o documento mais revolucionário da História e transformá-lo em algo manso e inconseqüente. A palavra de Deus tem sido severamente embotada. O evangelho tem sido aparado para ajustar-se ao estilo de vida dos homens indisciplinados e indulgentes.
Há um sentido verdadeiro em que temos retornado ao ponto de partida. O Sermão da Montanha foi primeiro dirigido a um mundo no qual os fariseus tinham conseguido drenar a vida e o significado da lei de Moisés. Vivemos num mundo que transformou o evangelho em pouco mais do que civilidade do século vinte. Por esta razão, é da maior urgência que olhemos freqüente e cuidadosamente para o sermão do Filho de Deus que, talvez, mais do que qualquer outro, define a própria essência do reino do céu. Aqui, se ouvirmos humildemente, nossas vidas poderão ser transformadas, nossos espíritos revigorados e nossas almas salvas.

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